quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Material disponibilizado pelo Frei José Cláudio, que falou hoje na XI Semana de Espiritualidade em BH

EXPERIÊNCIA MÍSTICA E HUMANISMO TERESIANO CONCEITOS

Santa Teresa devolveu a mística ao seu conteúdo mais cristão e situou a figura de Jesus como o único centro real da experiência de Deus. Portanto, o objeto direto e imediato da mística de santa Teresa é Cristo Homem Deus. A partir daqui é que faz experiência do mistério trinitário.
Como dizia Torres Queiruga, na sua obra Repensar Ia Cristologia: "Não é suficiente falar da presença central de Cristo”. Deve-se determinar como entendemos esse Cristo; porque podemos dizer que Cristocêntricos são todos os autores cristãos, porém para muitos deles a compreensão de Cristo fica redimensionada pelo neoplatonismo, a partir do qual o humano de Cristo é só um meio ou um instrumento para a comunicação com o divino.
No caso de Teresa estamos diante de uma unidade total. Se trata de um Cristo onde Deus nos alcança através do que nos é accessível que é a sua humanidade, e Teresa se refere sempre ao Ressuscitado, pois Teresa sempre contemplou a Cristo com a carne glorificada. A mística, em muitos casos, segue sem situar em Cristo glorioso (humano-divino) seu centro de gravitação, e continua sendo profundamente neoplatônica.
O capítulo 9 do livro da vida abre a existência de Teresa a uma experiência crescente de Cristo, aqui se situa o centro que separa e divide a ascética da mística. Até essa altura no seu relato biográfico temos a sensação que Teresa buscava a Cristo, de agora em diante é Cristo que vai sair ao encontro de Teresa. Porém é surpreendente observar que a passagem também se realiza a través de Cristo: 'vinha-me de súbito, na representação interior de estar ao lado de Cristo como falei, tamanho sentimento da presenta de Deus que eu de maneira alguma podia duvidar de que o Senhor estivesse dentro de mimo u que eu estivesse mergulhada nele." (V 10,1) A mística se inicia, depois da presenta ascética de Cristo. E Teresa reivindicará para a mística a relação com Cristo homem.
Nas primeiras comunidades cristãs existia conflito entre a mística e o humano de Cristo. Houve certos desvios por parte de grupos de pessoas que achavam que a humanidade de Cristo não era real. Surgiu a ideia de Cristo gnóstico, de que Deus tinha baixado para libertar o homem, tomando uma forma fictícia de homem ou uma figura momentânea do mesmo.
Quando Teresa trata do problema da humanidade de Cristo, ela é tomada por certa surpresa. Pois ela se movia sempre a partir da experiência do amor a Jesus Cristo, sem fazer distinção entre o divino e o humano. E será precisamente ao começo do sentir-se invadida pela mística na altura da oração de quietude (V 22,4), quando através de alguns livros de determinados autores espirituais conhece que nesses momentos tem que começar a prescindir de tudo aquilo que tenha uma configuração corpórea, incluindo também a humanidade de Jesus Cristo. Com grande repugnância, ao princípio cede, porém logo começa a dar-se conta de que sua vida espiritual se estanca, não cresce. Assim ela se introduz no problema.
E se dedicará a resolvê-lo ao oferecer sua opinião em dois capítulos, que serve como chave de leitura para suas obras mais importantes (V 22 e 6M 7).

A partir da experiência

Ela sabia que desde que se manteve fiel a humanidade de Cristo sua vida espiritual amadureceu e crescia (V 22,5). E ela diz que foi o mesmo Senhor que lhe revelou: "Deus deseja, para o agradarmos e para que nos conceda grandes favores, que os recebamos por meio dessa humanidade sacratíssima, em que sua Majestade se deleita. Muitíssimas vezes o tenho visto por experiência: o Senhor me disse. Tenho certeza de que temos que entrar por esta porta,.." (V 22,6)

E por outro lado ela comprova que quem se separa da humanidade de Cristo, sua vida espiritual regride ou fica parada: "acredito que quem cegar a ter união e não passar adiante via considerar ser muito boa. como eu considerei esta doutrina (de que se deve deixar a humanidade de Cristo); mas, se eu tivesse continuado a acreditar, creio que nunca teria chegado ao ponto em que estou agora" (V 22,2).

Testemunho da Escritura

Recorda a presenta constante do Senhor Junto aos seus na vida pública, aí podemos descobrir que Jesus os acompanhava-nos diversos momentos e podemos aplicar agora também a nossa vida espiritual (V 22,6). E nas moradas usa como argumento mais forte os textos do evangelista João, onde apresenta que Jesus Cristo é o meio indispensável para ir a Deus: Jesus Cristo é o caminho (Jo 14,6), luz (Jo 8,12) e único mediador para ir ao Pai (Jo 14,6), expressão vivente do Pai (Jo 14,9).

Recorre a tradição

Lembra a prática e a experiência de alguns santos: "E por meio desse Senhor nosso que nos vem todos os bens (...) bem aventurado quem o amar de verdade e o tiver junto a si. Contemplemos o glorioso S. Paulo, de cuja boca só saia o nome de Jesus, tão bem gravado o tinha no coração. Observei com cuidado, depois que cumprem isso, alguns santos, grandes contemplativos que não seguiam outro caminho. S. Francisco dá mostra disso nas chagas; santo António de Pádua, no menino: S. Bernardo se deleitava com a humanidade; Santa Catarina de Sena... e tantos outros que vossa mercê conhece melhor do que eu" (V 22,7)
Teresa rejeitará a tendência espiritualista da sua época, ao dizer que "não somos anjos, pois temos um corpo; querer ser anjo estando na terra é um disparate..." (V 22,10) diz; "é muito importante, enquanto vivemos e somos humanos, ter um apoio humano". (V 22,9).
Com esta postura santa Teresa não se opõe a mística, mas toma sua mística uma mística cristológica. A carne de Cristo, santificada pelo Espírito e mediante a ressurreição assume uma nova condição, sem deixar de ser uma realidade terrena. Aqui está a novidade teresiana.
E outra consequência deriva daí: a mística não nos tira e nem aliena do mundo, mas nos coloca em comunhão com o mundo. O corpóreo adquire importância com a ressurreição de Cristo. De modo que não se pode dividir a realidade entre espírito de um lado e carne do outro.

Humanismo teresiano

A experiência de cristo conduz Teresa à plenitude do seu humanismo. Sua verdade como mulher, monja, orante, fundadora, irmã e madre só se alcança através da transformação em alguém bem humana.
Sua capacidade afetiva lhe proporciona um horizonte muito amolo de relações humanas brilhantes.
Na família era a filha preferida, os seus irmãos e irmãs valorizam sua simpatia e alegria. Depois no convento suas superioras se servem de seus dotes humanos para o diálogo para ganhar as esmolas necessárias para o mosteiro.
No início de sua caminhada, toda esta capacidade de relacionamento não girava na órbita de Cristo. Depois que é conquistada por Cristo, sua vida afetiva se desenvolve com uma amplitude surpreendente e aí desabrocha toda a sua riqueza humana.
Humildade, verdade, entrega, alegria, gratidão, amizade, serviço, misericórdia, perdão, afeto, simplicidade, transparência, simplicidade, humor, paciência, perseverança, são atitudes que emergem do humanismo teresiano. Dessa base humana é que se desenvolve a vida espiritual. Sua experiência mística tão rica, não a separam do realismo sobre as fraquezas da vida humana.

Itinerário da experiência mística de Teresa

l. Livro da Vida, cap. 9

E o capítulo em que narra a sua conversão. Ocorreu na primavera do ano 1554, com a idade de quase 40 anos: "aconteceu-me de, entrando um dia no oratório, ver uma imagem guardada ali para certa festa a ser celebrada no mosteiro. Era um Cristo com grandes chagas que inspirava tamanha devoção que eu, de vê-lo, fiquei perturbada, visto que ela representava bem o que Ele passou por nós. Foi tão grande o meu sentimento por ter sido tão mal agradecida àquelas chagas que o meu coração quase se partiu; lancei-me aos seus pés, derramando muitas lágrimas e suplicando-lhe que me fortalecesse de uma vez para que eu não o ofendesse" (V 9,1). E lhe ajudou nessa graça de sua conversão a leitura de um livro decisivo que lhe serviu de espelho: as confissões de santo Agostinho (V 9,7-8)

2. Livro da Vida, cap. 10,1; 18,15

E o que poderíamos chamar de sua primeira experiência teologal. E a descreve assim: 'eu tinha começado a sentir as vezes, embora com brevidade, o que passo a relatar. Vinha-me de súbito, na representação interior de estar ao lado de Cristo, tamanho sentimento da presença de Deus que eu de maneira alguma podia duvidar de que o Senhor estivesse dentro de mim ou que eu estivesse toda mergulhada nele. Acredito ser o que chamam de teologia mística. (Vida 10, 1).
Trata-se de uma percepção profunda e imediata, isto é, sem mediações, sem imagens, representações ou conceitos, da presença envolvente de Deus.

"No princípio atingiu-me uma ignorância de não saber que Deus esta em todas as coisas, o que, como Ele me parecia estar tão presente, eu achava ser impossível. Eu não podia deixar de crer que Ele estivesse ali, pois achava quase certo que percebera a sua presença. Os que não tinham letras me diziam que ele só estava presente ali mediante a graça. Eu não podia deixar de acreditar nisso, porque, como digo, sentia sua presença. Por isso ficava aflita. Um grande teólogo da Ordem do glorioso São Domingos, me tirou dessa d·vida, ensinando-me que o Senhor esta presente e se
comunica conosco, o que me trouxe imenso consolo" (V 18,15)

3. Livro da Vida, cap. 26,6; 27,2

A presença envolvente de Deus se concretiza pouco tempo depois, em meio de situações hostis da inquisição no ano de 1559. E então Teresa descobre Cristo como "livro vivo" no qual "se veem as verdades" e que "deixa impresso na alma o que se há de ler e fazer, de modo que não se pode esquecer" (V 26,5)

..."passados dois anos, durante os quais fiz todas essas orações, aconteceu-me o seguinte. Estando no dia do glorioso S. Pedro dedicado à oração, vi perto de mim, ou, melhor dizendo, senti, porque com os olhos do corpo ou da alma nada vi. Cristo ao meu lado. Parecia-me que Ele estava, Junto de mim, e eu via ser Ele que, em minha opinião me falava.
Dada a minha grande ignorância sobre a possibilidade de semelhante visão, senti grande temor no início, e a ·nica coisa que fiz foi chorar, embora, ouvindo do Senhor uma só palavra de segurança, ficasse em meu estado habitual, consolada e sem nenhum temor. Parecia-me que Jesus Cristo sempre estava ao meu lado; e como não era visão imaginária, não percebia de que forma.
Mas sentia com clareza tê-lo sempre ao meu lado direito, como testemunha de todo o que eu fazia... Muito aflita corri ao meu confessor para lhe contar. Ele me perguntou em que forma eu via Cristo. Eu disse que não o via. Ele me perguntou como eu sabia que era Cristo. Respondi que não sabia como, mas que não podia deixar de perceber que Ele estava junto de mim, pois o via e sentia com clareza. O confessor me perguntou: quem disse que era Jesus Cristo? Ele mesmo o disse muitas vezes, respondi; mas antes que Ele me dissesse, já estava impresso no meu pensamento que era Ele... sem que vejamos, imprime-se em nós uma evidencia tão clara que não me parece haver  como duvidar" (V 27,2-3.5).

4. Livro da Vida, cap. 27,9; 39,25.

São as primeiras graças trinitárias.

"A alma se vê num átimo, sabia e tão instruída sobre o mistério da Santíssima Trindade e de outras coisas muito elevadas que não há teólogo com quem ela se atrevesse a argumentar acerca da verdade dessas grandezas. E tamanho o espanto que basta uma graça dessas para provocar uma reviravolta na alma, levando-a a não amar senão Aquele que ela vê, sem nenhum trabalho seu, torná-la capaz de tão grandes bens, comunicando-lhe segredos e tratando com ela com tanta amizade e amor que não é possível descrever" (V 27,9).
"Estando uma vez rezando o salmo Quicumque vult (na verdade, o símbolo chamado atanasiano), foi-me explicado o modo pelo qual Deus é um só em três Pessoas com tanta clareza que eu fiquei abismada e muito consolada. Isso muito me favoreceu no maior conhecimento da grandeza de Deus e de suas maravilhas, e, quando penso na Santíssima Trindade, e quando ouso falar dela, tenho a impressão que entendo como isso pode ser, o que me dá imenso contentamento" (V 39,25).

Essas primeiras vivências trinitárias são escritas no final de 1565, quando Teresa estava com 50 anos, e são o ponto de partida das experiências que ocuparão a década seguinte, quando a partir de 1571 a experiência da inabitação trinitária será constante, e nesse tempo coincidirá com o período em que S. João da Cruz era seu diretor espiritual.

5. Livro da Vida, cap. 40,1-10

E a experiência que conclui o livro da Vida. Fala da Escritura como fonte de verdade da vida divina.
"Estando uma vez em oração... Compreendi uma verdade que é a plenitude de todas as verdades: mas não sei descrever como, porque não nada vi. Disseram-me (não sei quem, mas percebi que era a mesma verdade): Não é pouco que faço por ti, sendo uma das coisas em que muito me deves; porque todo mal que vem ao mundo decorre de não se conhecerem as verdades da Escritura com clareza, da qual nem uma vírgula ficará por cumprir. Pareceu-me que eu sempre tinha acreditado nisso e que todos os fiéis o crêem. O Senhor me disse: Aí, filha, quão poucos me amam de verdade! Se me amassem. Eu não lhes encobriria meus segredos. Sabes o que amar-me de verdade? Entender que tudo o que não é agradável a mim é mentira. Verás com clareza isso que agora não entendes pelo fruto que sentirás em tua alma.
Essa verdade divina que me foi apresentada sem eu saber como nem por quem, deixou impressa em mim uma verdade que me faz respeitar Deus de modo inteiramente novo, porque dá um conhecimento de sua Majestade e do seu poder que é impossível descrever; só posso dizer que esse dom é grande coisa. Fiquei com uma imensa vontade de só falar coisas muito verdadeiras que estejam acima das coisas do mundo, começando por isso a sofrer por vive mele.
Compreendi o que é está uma alma na verdade na presença da própria verdade, mediante isso compreendi que o Senhor é a própria verdade, Aprendi enormes verdades sobre essa verdade, mais do que tivesse sido ensinada por muito eruditos... Essa verdade é em si mesma verdade, não tendo princípio nem fim. Todas as verdades dependem dessa verdade, assim como todos os demais amores, desse amor, e todas as outras grandezas, dessa grandeza" (V 40,1-4).

O conhecimento místico da sabedoria bíblica, de Cristo como a Verdade de Deus, a leva também a conhecer a verdade do homem, a dignidade da alma, a sua imensidão íntima: "estando uma vez nas horas com todas as irmãs, a minha alma se recolheu de imediato e deu-me a impressão de ser um claro espelho. Não havia parte posterior, nem lados, nem alto, nem baixo que não fosse claridade; e no centro, foi-me apresentado Cristo Nosso Senhor da maneira como costumo vê-lo. Eu parecia vê-lo em todas as partes da minha alma claro como em um espelho, e esse espelho, não sei como, também era feito do próprio Senhor, através de uma comunicação muito amorosa que não sei descrever". (V 40,5)

Notas características da experiência mística

Conhecimento amoroso

A experiência mística é uma forma de conhecimento que consiste em experimentar Deus presente na alma, é um "sentir Deus", portanto, não se trata de um conhecimento sensível, nem de um conhecimento racional. Esse conhecimento místico não acrescenta nada aos conhecimentos conceituais que já temos sobre Deus. E um conhecimento em que a pessoa toma consciência que Deus está presente em seu ser e que comunica-se amorosamente com ela. E um outro tipo de saber. Onde o entendimento não discorre, mas fica como que espantado pelo muito que entende (de Deus e das suas coisas)' (V 10,1) E nesse conhecimento Deus não leva em conta a inteligência, "nessa ciência (do conhecimento de Deus) talvez Deus tome uma velhinha mais sábia do que uma pessoa muito culta" (V 34,12)

Passividade

''Aconteceu-me" é uma palavra que aparece muitas vezes no vocabulário teresiano para descrever suas vivências com Deus (V 9,1; 10,1; 18,15, 26,2; 30,8; 39,22). Esta palavra quer indicar que na experiência mística a iniciativa é sempre de Deus, que ama primeiro e vem ao encontro do homem. E só depois é que nos colocamos em movimento em direção a Deus. Portanto, a experiência mística nunca poderá ser causada pelo homem, ela é sempre dom de Deus: "um dom que Deus dá quando quer e como quer, pouco importando a antiguidade e os serviços prestados"  (V 34,11).
Essa passividade, que se abre para acolher o dom de Deus, os místicos dão o nome de contemplação infusa. Essa passividade não é sinónimo de inatividade ou preguiça, mas é entrega confiante nas mãos de Deus.

Simplicidade

A simplicidade aqui, é que diante da experiência de Deus, o místico se concentra no essencial, ele não usa muitas palavras e nem se desgasta fazendo muitas coisas para provar o seu amor a Deus, mas se coloca na presença de Deus, amando-o, "é como o que acontece no mundo quando duas pessoas tem um grande amor mútuo e se entendem muito bem, sem nem precisar de sinais, sendo suficiente que olhem uma para a outra. Creio que assim ocorre nessa maneira de entender (na experiência mística), porque sem que percebamos, esses dois amantes (Deus e a pessoa) se olham face a face, como diz o Esposo á Esposa no Cântico dos Cânticos" (V 27,10)
Caráter totalizador

A experiência mística é uma experiência que afeta a totalidade da pessoa. E faz com que a pessoa se expanda, santa Teresa fala em 'dilatação da alam" (6M 3,9)

Experiência fruitiva

A experiência mística como é centrada no amor, atinge um grau de suavidade e de alegria interior muito grandes (6M 6,11).
O místico não é um vidente privilegiado, que goza continuamente de aparições de Deus, Sua experiência de dá sempre na fé e no amor, e portanto, ao contrário do que muitos pensam, ele é um profeta da presença obscura de Deus. Por isso é comum os místicos falarem da ausência de Deus, de trevas, de noite escura, mas tudo isso, não representa que eles vivam na obscuridade contínua, por falta de luz, mas sim, por causa do excesso de luz, eles se veem cegos e experimentam a estreiteza da condição humana. E por isso que todos os místicos sonham em morrer para irem consumar sua união com Deus.

Experiência inefável

A inefabilidade da experiência é incapaz de ser explicada como é. E tão difícil faze-la entender, como tentar explicar a um cego de nascença a diferença das cores. A necessidade de comunicar algo da experiência se dá por meio de comparações, imagens, símbolos que aproximam a pessoa afetivamente da experiência vida pelo místico. Todo os místicos são mistagogos se preocupam em ajudar as pessoas a experimentarem também o mistério de Deus, e por isso é que eles nos deixaram seus escritos, para não nos desviarmos e nem irmos muito longe de Deus.

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